Diário 77 ― 24 ― A queda
Quase
caías, dizes, fruto de um desequilíbrio momentâneo. Foi por isso que te
agarraste a mim. Duvido da queda, da justificação. Agora, que estamos
descompostos, sentados no chão, confessas-te indignado por me veres duvidar de
ti. Não te ligo. Calas-te. Permaneces quieto, sem entenderes o que te espera.
Grito por ajuda. Olhas-me, admirado, tentas calar-me. Ah, afinal foi
intencional, bem me parecia. Caíste de propósito. Balbucias que sim, numa
fragilidade apaixonada. E, de repente, caio eu, apaixonadíssima.
Margarida Fonseca Santos
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Há quedas extraordinárias! Gostei muito.
ResponderEliminar(Helena Rosinha)
Obrigada, querida Helena, um grande beijinho
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