O
insistente aviso, o perigo de ficar inacabada, sem crescer, atrasando-me em ser
alguém, um perigo somado à vontade de nunca o admitir, ousando o susto, o medo,
ousando a morte se preciso fosse, copiando as vidas de outros, observando-os no
pasmo de sabê-los diferentes, esquecida da ilusão, existindo apenas, falhando a
tentativa de ignorar o insistente aviso, e, vendo o fim chegar, sem nada ter
feito, encaro o meu destino, tão inesperado, obrigando-me a ser alguém.
Margarida Fonseca Santos
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