Ela sai, abatida. A manhã triste e cinzenta cumprimenta
as suas lágrimas. A chama está perdida, a angústia dilacerava as entranhas. A
ruína chegara, as dívidas, as rendas… A casa desapareceu, as riquezas, a
família… Ela era a culpada, ela e a sua vaidade. Pensava que merecia ser feliz!
Nunca deveria deixar-se enfeitiçar... A fantasia passara, pensava amargamente,
mas ela tinha a felicidade das gargalhadas, das carícias furtadas à vida. A
felicidade e a tristeza das lembranças.
Marta Sousa, 32 anos, Barreiro
Desafio nº 76 – escrever sem a
letra O
Sem comentários:
Enviar um comentário