A ferida era recente. Mal te via desatava a chorar.
Quanto mais te ignorava mais aparecias e isso era bom porque te queria… quero…
Mas piorava… Cruzávamo-nos, eu ignorava-te.
Ridícula.
Ridícula: eu por achar que seria diferente, tu por
não perceberes a minha dor. Que parvoíce tentar gritar, não me ouvias… Talvez
deva continuar a ignorar-te, talvez resulte se deixar as lágrimas correrem sem
me conter, talvez resulte se o grito não morrer na minha boca. Talvez…
Francisca Reis, 17 anos,
Cantanhede.
Desafio nº 152 – frase de Lídia
Jorge
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