Há feridas que sempre recordaremos; da infância, as
esfoladelas nos joelhos, cotovelos em chaga - como chorávamos! As lágrimas
rolavam, rasgando sulcos na sujidade do rosto… Crescemos e aprendemos a
engoli-las, de orgulho ferido; respondemos ao fracasso, às frustrações,
refugiando-nos na nossa concha, indiferentes a tudo, alheados das questões
ambientais que ferem o planeta. Pois as lágrimas também rolam na Natureza,
sujeita, como está, ao egoísmo do tal homo sapiens, que
explora recursos, provoca guerras, polui, extingue habitats…
Helena Rosinha, 66 anos, Vila
Franca de Xira
Desafio nº 152 – frase de Lídia
Jorge
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