Um carteiro em apuros
Sabem daquela sensação de ser observado? Foi isso que aconteceu
a Cipriano Silva, carteiro, quando deixou a carta na porta da vivenda. Subitamente, um cão apareceu e adentou-o. Espaventado,
o carteiro escalou uma árvore. O cão rosnava. Nem as ameaças, nem as boas
palavras, nem o boné arremessado, lhe valeram de nada. Anoitecera quando desceu
da árvore de ossatura dorida, depois de um pegadilho com
o dono do animal. De rompante, afastou-se furioso, resfolgante,
ameaçando queixar-se por maus-tratos.
Isabel Sousa,
66 anos, Lisboa
Desafio nº 146 ― palavras que não usamos
Sem comentários:
Enviar um comentário