Dormia de cabeça reclinada para baixo, triste pelo
buraco que nele havia. Teve medo que assim para sempre fosse ficar, vazio, e
começou a chorar. Da sua face lágrimas escorriam. Salgadas elas eram, e o fundo
que há pouco o fogo cavara ia enchendo. É o que o fogo faz às vezes, cava,
leva, mas não por mal. Durante muito tempo o sal arde, incha a ferida, mas, no
entanto, foi assim que se fez o mar.
Laura Mota,
18 anos, Amadora
Desafio nº 152 – frase de Lídia
Jorge
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