Quem não tem água,
usa o que tem à mão!
Açores. Chuva. Sigo no skoda
alugado. Gado pastando. Subitamente, avisto um bezerro caído,
preso pelo pescoço, quase esganado. Paro. Saio. Ponho o bezerro de pé.
Cambaleia. Seguro-o. Recupera. Querendo agradecer, emite um mugido.
Mãos sujas, gordurosas.
Sigo viagem. Paro num miradouro. Dirijo-me a um tufo de hidranjas. Esfrego as
mãos nas folhas molhadas. Foi então que reparei nos olhares espantados de dois
turistas.
― Quem não tem água, usa o que tem à
mão! ― esclareci-os, improvisando um adágio.
Domingos Correia, 60 anos,Amarante
Desafio nº 150 ― 6 palavras com
GD
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