Garboso e vaidoso, envergando o capote alentejano, dirigia-se a casa
onde o esperavam umas maravilhosas migas de espargos. Trazia ao ombro o cajado, um funil numa ponta e na outra o braço exibia adorno insólito, uma
pulseira de missangas.
Parou, leu uma página do jornal e
estugou o passo. Subiu ao medronheiro, como menino trepando a árvore, observou contente os frutos a pensar no licor. Assobiou! Que
gritinhos desafinados! Nem tudo pode ser perfeito, não é verdade?
Maria Loureiro, 63 anos, Lisboa
Desafio nº 151 ― palavras com
espargo
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