Numa fogosa tarde de outono, as
horas fugidias afogavam-me em trabalho.
Na urgência de cuidar, eu, afugentava o
medo e afagava cada utente como se fosse único. Afigurava-se um
final de dia complicado.
Recordei a figueira em flor e o
seu fugaz aroma agre-e-doce. Do outro lado, a fogueira já
a arder e lançar fagulhas mágicas que fogem a
dançar no ar. Continuei a sorrir. Já faltava pouco para fugir dali
e regressar ao aconchego de casa.
Ana Silva, 45 anos, Nelas
Desafio nº 160 – plvrs com FAG, FIG, FOG, FUG
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