O chão do velho sótão estava atulhado. Nas paredes com mofo, destacavam-se pendurados
a fisga e o boné do pequeno
Jorge, hoje um rapaz! Numa caixa cheia de teias de
aranha encontrava-se o vício do avô,
o seu querido fagote. Revoltava-me a tripa só
de ver a mosca que, de volta do pote do azeite,
não mudava de rumo. Ao lado, o cereal deitava
um odor tóxico.
E eu que queria
apenas praticar no fagote do avô...
Emília Simões, 67 anos, Mem-Martins
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