Um dia igual aos outros. Sentou-se na cama, acariciou a
correspondência antes de a abrir com um cuidado protocolarmente religioso.
Olhou para o relógio: 20h 56; faltavam 4 minutos. Pôs-se a admirar o papel de
que eram
feitos os envelopes; 20h 58 as suas mãos suspiravam, trémulas. Às
20h 59 foi buscar um abre-cartas malicioso.
Reverencialmente, às 21h, penetrou a primeira carta. Não lhe era
destinada e nem isso lhe interessava, apenas resolver os problemas dos
outros.
Jaime A., 54 anos, Lisboa
Jaime A., 54 anos, Lisboa
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