Irreal
Felisberto, rosto enrugado, boné velho, limpava o chão outrora
imaculado.
Com um fôlego praticava exercício, limpava sinistramente
as tripas, moscas e tudo o que cheirasse a mofo.
Não acreditava em coincidências nem maldições, iria empurrar o vicio
tóxico para debaixo do chuveiro.
Nessa noite de liberdade ou loucura iria com a sua fisga empurrar
o guizo ou o fagote, aparecer no concerto.
Seguidamente, rumava para uma oliveira bebericando uma
mistela discreta de gengibre, beterraba, azeite e cereais.
Cristina
Lameiras, 53 anos, Casal Cambra
Desafio nº 161 –
14 palavras com fisga
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