O caso era surpreendente, digno
de admiração, num meio difícil de gente vã. Ele, um génio
puro, martelava impiedosamente a pedra dura, tosca, até que surgisse na impassibilidade
da rocha, um corpo de amazona, a
face de um guerreiro, um ser alado… Seria feiticeiro? Admirávamos-lhe
a disciplina, a concentração, a força indescritível
que imprimia a cada peça.
Reconhecimento, vassalagens, nunca o fascinaram;
despretensioso, sem veleidades, viveu para a sua arte. Até
se finar.
A obra, essa, subsiste.
Helena Rosinha, 66 anos, Vila Franca de Xira
Desafio nº 168 ― o caso surpreendente
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