Aqui perdia a vista,
ganhava o sonho.
Aqui sorria ao mundo,
cambaleava na paixão
do iridiscente,
adentrava-me na loucura.
Aqui poisava o braço,
o queixo,
o riso já maduro;
como criança mirava o vento,
fulgurante de mil cores;
aninhava-me nos prados,
nas colinas,
banhava-me nas águas,
fluindo na memória,
escorrente em encantos
dum outrora já fugido;
e ria... ria muito,
ria como se fosse
o meu último riso,
no meu último leito,
na minha derradeira
plácida espera.
Jaime
A., 54 anos, Lisboa
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