A neve caiu de mansinho
deixou enterrados os meus medos
cobriu a serra de um alvo manto
e entreguei aquela brancura
os meus magoados segredos.
Um dia vou lá voltar
nem que seja para ler
o que no céu está legível
mas ANTES QUE A NEVE DERRETA
ISSO SERÁ IMPOSSÍVEL.
Mas quando isso acontecer
quando chegar o verão
espero ficar a saber
o que tens no coração,
se é o sol a brilhar,
ou gelo sem derreter.
Natalina Marques, 60 anos, Palmela
Desafio nº 171
― antes que a neve derreta
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