Asas, quase me esqueci que as tive!
Tive, mas já as não tenho, realmente.
Realmente, não voei, do medo, fiz escudo!
Escudo invisível e castrador que tanto lamento.
Lamento, reclamo sem razão, sei-o bem agora!
Agora consciente do que perdi, sobra-me nostalgia.
Nostalgia, que me acorrenta sem qualquer dó!
Dó que desejo para mim, quero odiar-me.
Odiar-me, chorar-me, sem força, só vãs memórias!
Memórias que lentamente me desprenderam a esperança.
Esperança de um dia ser, sem fronteiras!
Paula Castanheira, 55 anos, Massamá
Desafio nº 63
– fim de cada frase é igual ao início da próxima…
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