“Há tempo, não preciso de ir dizer-lho já...”, é a sua desculpa habitual para mais um adiamento.
Amanhã, para a semana, no próximo mês. Em breve. Tem tanta coisa agora a
ocupar-lhe a cabeça. Nestes pensamentos, atravessa a estrada absorto ao que o
rodeia e ao autocarro que circulava na sua direção. Ouve uma forte buzinadela e
salta para salvar a vida. Ainda com o coração aos saltos reformula: “Não há
tempo, preciso de ir dizer-lho já!”
António Azevedo, 53 anos, Lisboa
Desafio nº 10
– duas frases com as mesmas palavras e sentidos diferentes
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