Triste vida
Sinto pena…
Daqueles olhos, outrora avelãs doces,
serem agora dois pequenos pontos de amargura, de uma tristeza tal que nem as
lágrimas ousam perturbar.
Daquele sorriso, que lhe
iluminava o rosto e dava alegria a quem o via, ter desaparecido subitamente,
como água caída em terra sedenta.
Daquele corpo curvilíneo que de fogo ateou
tantos corações, não ser mais que um esqueleto andante, coberto de trapos
negros.
Ó vida, como és tão cruel?
Deixa a luz entrar!
Margarida Leite, 50 anos, Cucujães
Desafio nº 1
– palavras impostas: pena, sorriso, fogo
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