A janela era agora uma barreira de segurança. Separava o seguro do abismo e
do medo que sentia quando não a respeitava.
Lá fora além do medo estava uma criança a brincar. Sem barreiras que a
limitassem, sorria ingenuamente. Também ele já fora assim, livre. Agora
escondia-se em casa, no seu porto de abrigo. Era apenas um mero espectador do
mundo. Ali ninguém o podia perturbar ou magoar. Estava seguro e… oh… como a
felicidade daquela criança o contagiava!
Francisca Reis, 18 anos, Cantanhede
Desafio nº 177 ― imagem de
Andrew Mathews
Sem comentários:
Enviar um comentário