Passo
por ela e sinto vergonha em lhe dizer olá. Talvez ela me julgue um dos tarados
que a bajulam.
Encontro-a
sempre que, “por acaso”, vou ao shopping onde ela trabalha. Olho-a como se não
olhasse, sinto um rubor quando ela me oferece um sorriso. Um dia… nem uma
palavra sai.
Acordo
num pesadelo em que a vejo de abraço com outro.
Hoje,
vou passar na rua dela. Perdido por cem, perdido por mil, escrevo
no muro: AMO-TE.
Fernando
Morgado, 64 anos, Porto
Desafio nº 191 ― perdido por cem,
perdido por mil
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