Da dor, lágrimas ininterruptas se
soltaram.
De tão densas, não formaram um
pequeno riacho ― edificaram fios luzentes. Macios como algodão, porque eram de
puro amor.
Por serem tão leves, José,
em noturna vigilância, levou-as para o seu leito, abençoando-as.
De manhã, as lágrimas eram pura
graça.
De pensamento, em questão, surgiu
a lembrança ― José fizera-lhe companhia, enquanto chorava.
Uma bênção acontecera, o medo fora
embora ― a tranquilidade ocupou a tristeza.
Agora, pede continuamente ― José
não me abandones!
Isabel Sousa, 39 anos, Lisboa
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