Com muitos beijinhos despediu-se. Ficou sozinho e triste.
Lembrou-se de tudo o que de bom viveu, e resolveu ir ver o rio: o rio que
sempre refletiu o céu, tornou-se negro – negro e profundo, medonho, no seu
espírito. Um brilhozinho de sol veio, lento, por fim. Olhou o céu e sorriu.
Pensou que é bom viver, que é bom sorrir, ver flores, ver meninos felizes. Quis
sentir tudo isso, ser um menino como eles – o sentimento iluminou-o.
Lica, 81 anos,
Lisboa
Desafio RS nº 39 – história de amor sem A!
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