― Tu não
percebes!
― Não
percebo, o quê?
― á são
quarenta anos.
― E
depois?
― Sempre
a mesma coisa. Para o ano, faço. Para o ano ofereço-te. Para o ano vamos.
― Vontade,
não me falta.
― Que te
falta, então?
― Dinheiro
e tempo. Somos felizes na mesma. Ou achas que não?
― Claro
que sim. Mesmo velho e rabugento.
― Estás a
chamar-me velho? Arranja outro.
― Ninguém
te quer.
― Queres
experimentar?
― Talvez
para o ano.
― Está
bem, querida.
Natalina
Marques, 60 anos, Palmela
Desafio nº 195
― ano velho em frases pequenas
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