Violeta, mulher furação,
que te fizeram ao azul do olhar?
Porque te esquartejaram a felicidade?
Porque partiste,
assim, pra tão longe de ti?
Não te sepultes!
Faz da desilusão, a tua força.
És semente!
Enterra os pés, no castanho alimento.
Sente as raízes.
Germina!
Trabalha.
Não, esse sorriso assim,
amarelo pálido,
não te pertence.
Escuto primaveras, nesse chão que pisas.
Aceita passados e memórias.
Aceita, mas por favor,
não te demores!
Volta pra ti.
Violeta, mulher furacão!
Paula Castanheira, 55 anos, Massamá
Desafio nº 197 ― pares de palavras e cores
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