Depois
do fim, Júlia apenas comunicava em silêncio. De sorriso largo, olhos
cintilantes, expressões delicadas, toda a gente entendia o que dizia. Aos
poucos, foi contagiando os seus interlocutores com o inovador modo de
comunicação, todos expressavam os sentimentos, em silêncio.
Num dia de chuva intensa, cruzou-se com
Bernardo, as gotas que caíam no seu rosto brilharam mais intensamente, o rapaz
também não conseguiu falar, amaram-se em silêncio. Despediram-se e partiram
para suas casas, tornando-se reciprocamente inesquecíveis.
Isabel Sousa, 40 anos, Lisboa
Desafio nº 64 – texto
começando por “Depois do fim…”
Sem comentários:
Enviar um comentário