O
silêncio era completamente devastador. Não se ouvia o menor ruído nas ruas. Era
como se a alma da cidade se tivesse evaporado.
De
súbito, ao longe, muito lá ao longe, de um ponto qualquer indefinido, uma
música, a princípio quase imperceptível, foi-se desenhando no horizonte. Foi
subindo de tom e, aos poucos, foi engolindo o silêncio e penetrou-me a
alma.
A
música é um tempero da alma. Outro tempero é a poesia. Nutri-me e segui
adiante.
Maria
de Lurdes Duarte, 56 anos, Arouca
Desafio nº 52 – uma história com música, ruído e silêncio
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