Com 16 anos, nada sabia da vida. Apareceu um bonitão, diz-lhe duas patacoadas, é logo o grande amor, para a eternidade.
Olhos tapados por vendas inexistentes, sujeita-se a tudo sem perceber que ele tinha uma vida dupla.
Namorava a menina à tarde e dormia com as outras, à noite.
Por vezes faltava aos encontros marcados, mas logo era perdoado pela desculpa que dava de mau pagador.
Enfim, só se fosse louca, casava com ele.
Mas foi louca.
Maria João Cortês, 77 anos, Lisboa
Desafio nº 196 ― só se fosse louco
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