Quando voltou à casa da sua infância, pensava que o tempo a tivesse ajudado a espantar as mágoas, mas afinal tudo ali eram memórias perseveradas.
Assim que a noite aconteceu riscou um fósforo e deixou-se guiar pela pequena chama. As sombras foram-lhe devolvendo os medos da sua infância. Deixou que a casa refletisse as suas emoções, mas a chama apenas lhe iluminou o sentimento da ausência. E percebeu que só fechando a porta se perderia no futuro....
Isabel Lopo, Alentejo
Desafio nº 218 – imagem de fósforos
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