Nova Iorque, inverno de 1944.
“Levanta-te, Edite.” A voz que pulsava dentro era dinamite.
“Levanta-te! Prepara o café, bebe-o e admite: Fraca!... cedeste, pecaste, ele usou-te como enfeite.”
Rastejou para fora da pele de Afrodite e viu-se despida, nua de qualquer apetite.
Não haverá na sepultura fria quem deposite flores quando a Morte deixar o convite. Ninguém que acenda lamparinas com refinado azeite.
Sente-se usada, o coração trespassado pela estalactite daquela palavra: “Adeus…”
“Assim morri esta noite…”
Mónica Santos, 43 anos, Matosinhos
Desafio nº 219 – terminações eito, onta, ite
“Levanta-te, Edite.” A voz que pulsava dentro era dinamite.
“Levanta-te! Prepara o café, bebe-o e admite: Fraca!... cedeste, pecaste, ele usou-te como enfeite.”
Rastejou para fora da pele de Afrodite e viu-se despida, nua de qualquer apetite.
Não haverá na sepultura fria quem deposite flores quando a Morte deixar o convite. Ninguém que acenda lamparinas com refinado azeite.
Sente-se usada, o coração trespassado pela estalactite daquela palavra: “Adeus…”
“Assim morri esta noite…”
Mónica Santos, 43 anos, Matosinhos
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