A Zebra Maior estava cansada de ser espezinhada. As vizinhas zebras, gemiam «Aquele camião, a pingar, já nos estragou a pintura!». Mas os queixumes eram engolidos pelos milhões de sapatos, patins, bicicletas, que atravessavam. Só o Tampão se mantinha silencioso. Mas, por vezes, bufava. E quando o fazia, todos se afastavam, ligeiramente. Tinham-lhe respeito, dizia-se. Ele era um dos guardiões dos esgotos da cidade e ninguém queria que lhe saltasse a tampa. Que o hálito era pestilento!
Rosário P. Ribeiro, 62 anos, Lisboa
Desafio nº 221 – imagem da passadeira
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