Aceito
Que dificuldade tenho em chegar ao parapeito! Agora, estendo-me, estico-me para alcançar o sujeito. Achava eu que seria dito e feito, bastaria para isso assobiar, assobiar a preceito, sem pensar que é necessário o jeito. Podia ter imaginado alguém com certo trejeito. Desenhar-lhe uma vida de dores no peito, sem mais. Arrasto-me, penso que sem defeito, por essa página solta onde me deito. Onde julgava ser o meu leito perfeito. Mas é apenas isto, quando me espreito…
Violeta Seixas, 54 anos, Algés
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