Lágrimas precedem uma brisa estival tardia, perturbadora e carinhosa!
Em afagos, os pássaros silenciam-se.
Quietude absoluta, apenas ruídos humanos interrompem o deleite.
Há vozes que se espalham sem sentido, ignorando o percurso entre a essência e o olhar. Os sentidos prevalecem sem alma.
Confusão, inquietude, turbulência! Revela-se o inaceitável. Labaredas destroem o norte. Perseguem-nos grupos inconsequentes, ávidos em desequilíbrio.
De tão incendiados, perdem o caminho, invertem a marcha – flagelam-se em lamentações.
Sem rumo, coroam-se com pranto e desencanto.
Eunice de Jesus, 41 anos, Lisboa
Desafio nº 114 ― trocar as voltas ao ditado popular
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