Penteou o cabelo da filha com a leveza de um coiffeur e a ternura de quem se despede. Havia tanto a alisar no coração, tanto. Queria aparar o desgosto, abrilhantar o positivo vivido e, sim, partir. Nada mais a prendia. O marido fora nos caracóis de outra mulher. Ficara com a filha, esticando as economias e amaciando a doença que levaria a melhor. Deu-lhe um leve beijo. Acenou que estava pronta. Sentiu uma tontura. Só então chorou.
Margarida Fonseca Santos, 59 anos, Lisboa
Desafio nº 225 – vocabulário estética e cabeleireiros
Olá, querida amiga Margarida!
ResponderEliminarFicou linda e terna contando uma realidade de muitas mulheres.
Gostei muito da delicadeza das palavras.
Tenha dias abençoados!
Bjm carinhoso e fraterno
Pois é, querida amiga. Muito obrigada.
EliminarUm grande beijinho