Este homem deve ser cego, está aqui parado a olhar para mim há tanto tempo sem me ver... vou tentar chegar-me mais perto para descobrir. Sempre quero ver se me pressente. Nada, continua na mesma. Como uma estátua com óculos pretos. De repente, mexe-se e eu estremeço com o susto. Acabamos os dois as gargalhadas, apesar da dificuldade inicial para justificar estar quase em cima dele. Hoje ajudo-o a atravessar ruas; ele ajuda-me a ser menos curioso!
Rosário P. Ribeiro, 63 anos, Lisboa
Desafio nº 227 – 2 perfis, 2 personagens
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