15/12/20

Ana – desafio 228

Sem nada dentro

Olho-te e espero que, desta vez, acertes o meu nome. Logo tu, que me embalaste o berço e me deste a mão quando comecei a andar. Tu, que nunca me negaste colo, agora, sem nada dentro.

Tu, dona de uma casa cheia, com lugar para mais um, agora, sem nada dentro. Tu, coração de oiro, mãos de fada, agora, sem nada dentro.

Tu, mulher de força sem limites. Logo tu, de olhar distante, agora, sem nada dentro

Ana, 41 anos, Mealhada

Desafio nº 228 – «sem nada dentro»

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