Subiu as escadas de rompante, contendo as lágrimas.
– Vives sem nada dentro, pensas sem nada dentro! Acorda! – vociferou-lhe essas palavras, por mais uma negativa…
Fugiu para o quarto e chorou, como há muito não chorava. Porquê é que ele agora a tratava assim? Não tinha culpa, também sofria muito com o desaparecimento dela. Isso sim fazia senti-la sem nada dentro. Só um vazio. A perda de quem nos deu vida pode deixar-nos a todos sem nada dentro…
Sofia Sobral Ramos, 42 anos, Coimbra
Desafio nº 228 – «sem nada dentro»
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