Daqui de cima topa-se tudo. A mesa posta, as luzes do pinheiro a acender e a apagar, o presépio — agora reparo, falta uma orelha à vaca. Eu bem desconfiei da rataria esta noite. Olha, o Francisco acabou de entrar. Com aquelas calças aos rasgões, ainda dá o chilique à avó. Arre! A Belita não larga o namorado; teceu-lhe bem a teia. Conseguisse eu fazer igual. É que Natal sem amor, não é Natal. Nem para uma aranha.
Helena Rosinha, 68 anos, Vila Franca de Xira
Desafio nº 80 – o Natal da aranha
Sem comentários:
Enviar um comentário