CONTO A velha Miséria – por Isabel Peixeiro (versos AR, ER, IR, OR)
A velha Miséria tinha no seu pomar
os figos mais doces que se podem comer.
Os fedelhos da aldeia faziam-nos sumir,
até acolher uma mendiga com um favor.
Deu-lhe alimento, deixou-a descansar,
recebeu um feitiço para agradecer:
Quem à figueira subisse, não poderia sair.
Nem mesmo a Morte vestida a rigor,
saiu dali sem se deixar enganar.
Presa na figueira, teve de ceder.
Deste mundo, sem nunca ter de partir
ficou a Miséria a espalhar o horror.
Uma iniciativa do Clube Arco da Leitura, moderado por Andreia Salgueiro - Arco da Velha – a partir do jogo Desafia-te
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