Afogar-se-iam as nuvens no mar, ou elevavar-se-ia a água, uma vez mais, aos céus? Não sabia. E na incerteza, no caos de pensamentos que o deixavam ainda mais confuso, sabia que aquele sal que lhe escorria pelas faces não era só seu. Era a água das nuvens fundida com o sal do mar que, entre evaporações e precipitações de ciclos repetidos, lhe toldava agora os olhos. Como seria possível tamanha lucidez em tão revolto turbilhão de ideias?
Mafalda Abreu, 45 anos, Lisboa
Desafio nº 231 – fotografia como inspiração
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