– Mãe, porque tanto olhas o mar?
Perguntava-lhe todos os domingos, mas ela apenas suspirava. Até que, naquela fria manhã de inverno, depois da rotina de comprar pão, antes de eu fazer qualquer pergunta ela suspirou palavras:
– Sempre que olho o mar recordo-me do teu pai. Foi por entre salpicos e cheiro a areia molhada que nos conhecemos. Só venho aqui dizer bom-dia. Sei que ele agradece, as ondas suspiram comigo. O mar é saudade em estado líquido…
Sofia Sobral Ramos, 43 anos, Coimbra
Desafio nº 231 – fotografia como inspiração
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