Vivo sempre no presente,
Agarro aquele momento,
Num comboio permanente,
Fustigado pelo vento!...
Um comboio apitando,
E soluçando com dor,
Gritos alegres soando,
Transpirando ódio e Amor!
O passado, já o não tenho,
Às vezes, até persegue,
Dele retiro e mantenho
O agradável e leve!...
O futuro, não o conheço,
Viajo neste momento,
Conheço e desconheço
Alegria e sofrimento!...
E o comboio a apitar
Vai marcando fim de linha,
Agarro-me, quero ficar...
Presa nos sonhos que tinha!...
Maria do Céu Ferreira, 65 anos, Amarante
Desafio nº 233 – citação de Fernando Pessoa
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