Acácia fora perfume inebriante, inundando quintais e narinas enjoadas. Deu sombra, cor e luz incandescente. Frutificou, contudo, as hastes mais novas incorporaram um amarelo-esverdeado, espinhoso.
Acácia tratava-me como uma simples flor, eu ouvia sempre os seus conselhos.
Acácia partiu, o ciúme e a cobiça desapropriaram-na, deixaram-na sem chão. Ficou imóvel, ferida de morte. Aqueles a quem se tinha doado, trataram-na com indiferença, enrodilharam-na, desprezaram-na.
Era uma rosa, mas chamavam-lhe acácia, ficara amarela por casamento. Coisas da Natureza!
Isabel Sousa, 39 anos, Lisboa
Desafio nº 125 – tornado no jardim
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