Era uma vez uma rosa formosa e apaixonada. No êxtase da sua paixão, contemplou um chão semeado de milho. A palha era nele o que restava. Palha amarela e seca era alimento de um burro que a comia, preso ao destino. O animal testemunhou o fogo da rosa, tão intenso e incandescente que, se de um isqueiro tivesse saído, todo o precioso pasto teria consumido, mas o burro continuou sua refeição e o fogo, um coração acalentou!
Lídia Vicente, Alentejo
Desafio nº 137 ― rosa, isqueiro, burro
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