Viu-se no caminho, sozinho, triste mas esperançado. Bilhete comprado, mochila feita e pronto para recomeçar. Faltava-lhe a família, sabia-o bem, mas achava que era o momento. Ficar no país, à espera, sem emprego, arrastando-se, suplicando por uma oportunidade? Esperar e desesperar? Preferiu avançar. Um emprego lá longe, Moçambique, tão difícil… Mas sentiu-se sempre guiado, os laços eram fortes e nunca quebraram. O melhor de partir era regressar! Era linha duma vida sendo recolhida de volta ao novelo.
Sofia Sobral Ramos, 43 anos, Coimbra
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