Sozinha, entre quatro paredes, num lugar sem chão… Quer dizer, o chão era húmido, fresco e com um forte cheiro a terra. Onde estaria? Comecei a tentar fugir dali, soltar-me da escuridão e do frio viscoso que me envolvia. Lentamente, deslizei, pensando que assim conseguiria libertar-me. Não. Nada. Tudo na mesma, “como a lesma”. Respirei. Deslizei novamente, tentando sair daquela escuridão entre paredes. Que espaço escuro e acanhado… Comecei finalmente a ver luz, libertei-me, saí da casca!
Sofia Sobral Ramos, 43 anos, Coimbra
Desafio nº 252 – entre 4 paredes
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