A liberdade não pretendia regalia, somente a alegria de cantar livremente. O medo morava numa galeria, onde o verde asfixiava com mãos esganadoras. Havia alergia à democracia, que gelaria os porões sombrios, onde tristeza não tinha razão.
Nas ruas cravos pisoteados, pareciam sangue. Era pesadelo ouvir sirene, que remetia à recente Argélia esmagada impiedosamente. Crianças com pais exilados giravam cata-ventos coloridos.
Alegrai mães da praça de lamentações. Regalai o coração para receber seu rebento cantando a canção.
Toninho, 65 anos, Salvador-Bahia, Brasil
Desafio nº 253 – anagramas de ALEGRIA
Publicado aqui: mineirinho-passaredo.blogspot
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