Salto para o caminho barrento e esquivo-me das poças, contrariando tendências infantis que o local desperta. Posso ir de olhos fechados até ao pontão, mas a tua imagem tolda-se, falha-me como a memória. Tenho já tantos anos como tu tinhas: avô. Quantas saídas madrugadoras, quantas horas roubadas às nossas brincadeiras e ao gesto de me levares à escola. Queria ter ido contigo, avô. Escondida na lona, tantas vezes fugi assim e assim teria partido contigo, de vez!
Cristiana Rodrigues, 39, Lisboa
Desafio nº 231 – fotografia como inspiração
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