A aldeia do meu pai, vista ao longe parece um casario em pedra no meio de um olival. Toda aquela região é uma galeria de paisagens áridas, salpicada por oliveiras alinhadas como se fosses os tropas no exército. Da multidão que habitava a aldeia restam apenas meia centena, pessoas muito idosas que guardam histórias como uma biblioteca, histórias dos tempos em que alcateias andavam por ali, mas delas só restam mesmo memórias e pesadelos que se perpetuam.
Fernanda Malhão, 45 anos, Gondomar
Escritiva 33 ― 7 nomes coletivos
Sem comentários:
Enviar um comentário