Infância
Ah pudesse eu voltar à minha infância!
Quando podia brincar o dia inteiro
Quando recebia presentes em abundância
Quando meu o primo era solteiro
E eu amiga do carteiro
Desenhava um sol no canto da folha
E às vezes com alguma falha
Pegava num papel e
Um barquinho ganhava vida
Algumas pinceladas do Sr. Pincel
E a cor branca era despedida
Um beijinho à noite da mamã
E o meu pedido:
Canta-me cantigas para me embalar!...
(António Nobre, “Aqui, sobre estas águas cor de azeite” - Ah pudesse eu voltar à minha infância! e Guerra Junqueiro, “Regresso ao lar” - Canta-me cantigas para me embalar!...)
Soraia L., 13 anos, AE Portel, prof Patrícia Vieira
Desafio nº 35 – partindo de dois versos de autor
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